Monday 8 April 2013

CHEGA!



Já chega! disse a voz dentro de mim
Mas nao foi um chega emotivo ou desesperado
Foi um chega de quem ja tudo tem tentado,
E chega então á conclusão que basta.
E vão dizer que sou egoista e besta
Vão falar nas minhas costas
Eu sabia que ela não presta...
Mas para mim nada mais importa
Desta vez vou sair e trancar, selar a porta
Porque o contrário seria matar o meu espírito
E eu até gosto muito do meu espírito
E tenho o tratado muito mal
Tenho me envergonhado dele
Tenho lhe chamado anormal
Ate fui á terapeuta para dele me livrar
Mas foi ela que me disse que um espirito nao se pode matar
Foi então que peguei nele em meus braços e
pouco a pouco o fiz ressucitar
e voltar a ser vibrante e cheio de energia
presente, irreverente quer de noite quer de dia.
E com ele vivo agora e pra sempre irei viver
Pois ele faz parte de mim, de quem sou
Sem ele nao sou eu, sou apenas uma reflexao num espelho
Uma reflexao que tento não ver, tento esconder
E isso meus caros não se chama viver.
E então digo chega! O meu espirito e eu somos um só
Eu sou o moinho e ele é a mó.
E mesmo a farinha não sendo da melhor
Com ela faço o pão do meu futuro
Um futuro que pode não ser perfeito
Mas pelo menos é real.

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