Monday 8 April 2013

A ESCOLHA


Eu deixarei que morra em mim o desejo 
de amar os teus olhos que são doces
Pois nada te posso dar 
senão a mágoa de me veres eternamente amargurada.
No entanto a tua existência foi por momentos...
como que a luz da minha vida
e assim contento me apenas em querer algo que não quero ter.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
e para mim és apenas como a fé nos desesperados
uma gota de orvalho numa terra seca e amaldiçoada
Onde a minha carne é retalhos de uma vida com nódoas do passado.
Eu deixo e encorajo... e tu
.... tu irás... e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas não saberás que quem te escolheu fui eu,
porque eu sonhei-te e idealizei-te em cada noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e jurei ouvir a tua voz doce.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da nebelina fria da tu ausencia
E então de longe e em silencio eu verei o teu amor desabrochar
Receberei a prova comprovada de que és princípe digno de se amar...
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão para mim a tua voz presente, a tua voz ausente,
que só um coração valente pode ouvir

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